Estava eu consultando a minha fonte inesgotável de trollagens caixa de e-mails quando me deparo com uma mensagem muito estranha. Pela quantidade @, S2, estrelinhas e $ no nome, logo percebi que era um legítimo usuário de Orkut. Percebendo isso, a minha primeira reação foi normal e semelhante a de qualquer pessoa normal: Apagar sem ler, claro. Porém, em um súbito ataque de perigo, que poderia ter trago 400 mil vírus ao meu notebook, resolvi ver o que aquele… PECULIAR ser humano queria me dizer.
Acho paia comentar sobre os erros de português dele, como “encomodar”, “menas”, “indiota”, afinal, esse não é o blog do Professor Pasquale… ops! Enfim, o que ele queria dizer, na verdade, o que eu conseguir entender após jogar o texto no Google Translate e selecionar a tradução “javanês-português”, foi que eu só falava de moda de “praibói” e que duvidava que eu seria capaz de fazer um post sobre funkeiros. E eu, ao ler aquilo, respirei fundo e disse: CHALLENGED ACCEPTED!
Quem são os funkeiros? Alguns especialistas defendem a tese de que funkeiros são indivíduos que nasceram com uma raríssima doença de pele, uma hipersensibilidade da pele da orelha com o plástico dos fones de ouvido, prova disso é que NUNCA utilizam tal acessório para ouvir suas músicas. Toda vez que um funkeiro encosta um fone em seu ouvido sente formigamentos, calores no corpo, uma esquisita sensação de cultura, gentileza e bom senso nascendo em alguma parte do cérebro, uma sensação insuportável que pode leva-los a um coma imediato e até à morte!
Outra frente de cientistas argumenta que as músicas que os funkeiros ouvem são tão ruins, mas tão ruins, que eles simplesmente não suportam ouvi-la sozinhos, tendo de dividir esse sofrimento com demais indivíduos.
A aspiração de todo funkeiro é seguir carreira de Dj, e como eles não tem tempo de treinar em casa, utilizam o tempo vago em que estão no ônibus, (na linguagem dos funkeiros: “balaio”) para medir a popularidade dos seus sets. É possível que os funkeiros acreditem que as pessoas balançam de um lado para o outro no ônibus por causa do som deles, e que o set deles é tão popular que em todo ponto em que o ônibus para sobem mais e mais pessoas para ouvi-lo.
A Moda funkeiro difere profundamente entre o sexo feminino e masculino. As mulheres são adeptas da moda praia… de nudismo. A escolha de saias e short jeans que mais parecem um band-aid é muito comum, bem como dos “tomara que caia”, que no caso das funkeiras, nunca cairá, dado que mais parece a cinta modeladora do Doctor Rey, de tão apertada. Já os homens vão à direção inversa: tudo é largo e enorme, das bermudas e hoddies estampados com todas as cores do espectro luminoso, espectro iluminado, espectro celeste, espectro da Diabolin do desenho Cavalo de Fogo, aos cordões pendurados no pescoço que parecem ter sido feitos com corrente de bicicleta.
Ainda com relação ao vestuário, funkeiros se destacam no que concerne à importação de roupas, sapatos e acessórios, sendo o país de preferência, sem sombra de dúvidas: o PARAGUAI! É muito comum a utilização de roupas em que o símbolo da Adidas se parece com o da Shell, o da Puma, com o Gato Félix e o Jacaré da Lacoste, uma lagartixa. Este último, tão mal bordado que lembra um bottom.
Por fim, diferente dos Emos, dos Coloridos, dos Góticos e dos Punks, funkeiros não andam em bando, PARA NOSSA ALEGRIA! Afinal, um celular sem fone já basta né? O.o